A Bíblia sem mistérios

sábado, 26 de março de 2011

Vivemos no “tempo do fim”?

Vivemos no “tempo do fim”?

O HOMEM no restaurante estava confuso. Olhando pela janela, no centro de Manhattan, com vistas para o Times Square, na cidade de Nova Iorque, seus olhos passavam de um para outro de três relógios digitais separados, todos indicando a hora em grandes números. Um relógio indicava 11,28 horas. Outro, como que duvidando de que já era tão tarde, indicava 11,26, ao passo que o terceiro impacientemente estava à frente, com 11,29 horas.
Talvez diga que ‘um ou dois minutos realmente não importam’. No entanto, tente convencer disso alguém que acaba de perder o ônibus, o trem ou o avião, não por minutos, mas apenas por segundos! Saber a hora certa é importante. Saber onde nos encontramos no cronograma de Deus é ainda mais importante.


Naturalmente, como sabe, fala-se sobre o “tempo do fim” — alguns usando o termo ‘fim do mundo’ ou ‘dia do juízo final’ — já por séculos. O profeta Daniel falou sobre isso há 29 séculos. (Daniel 12:4). Sendo assim, lá no 19 séculos, os discípulos de Jesus perguntaram-lhe: “Qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas [“do fim do mundo”, Almeida, rev. e corr.]?” (Mateus 24:3) Ao dar-lhes um sinal, Jesus falou de várias evidências, todas elas, de maneira composta, indicando que chegamos à “terminação do sistema de coisas”. Abra sua Bíblia em Mateus, capítulos 24 e 25, Marcos, capítulo 13, e Lucas, capítulo 21, e leia por si mesmo sobre elas.
Talvez se surpreenda de descobrir que aquilo que lê parece quase igual ao resumo das notícias atuais na televisão. Lê ali sobre guerras, grandes terremotos, pestilências e escassez de víveres, todos em escala global. Lê também sobre a “angústia de nações, não sabendo o que fazer”, e sobre pessoas ficando ‘desalentadas de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada’. Seria capaz de encontrar palavras mais apropriadas para descrever a situação mundial, a respeito da qual os atuais programas de televisão falam tanto? — Lucas 21:10, 11, 25, 26.
Esta forte evidência circunstancial, de que vivemos no “tempo do fim”, não é tudo o que temos. Conforme já observamos acima, encontramos evidência corroborativa por remontar outros 500 anos, aos dias do profeta judeu Daniel. Jesus mencionou-o por nome e apontou para o cumprimento da sua profecia. (Compare Mateus 24:3, 15, 21, com Daniel 11:31; 12:1, 4.) Com isso, Jesus mostrou que não achava que as palavras do Daniel do “Velho Testamento” fossem obsoletas ou insignificantes. Nós tampouco devemos pensar assim.
Note a similaridade entre as palavras de Daniel e as de Jesus, conforme acima apresentadas. Daí, pergunte-se: ‘Não falam da mesma coisa? É óbvio que tanto Daniel como Jesus predisseram a mesma coisa, “o tempo do fim”, durante o qual Cristo estaria presente em poder régio. No fim deste período, ele aniquilaria todos os seus inimigos aqui na terra, numa grande tribulação. Mas o povo de Deus sobreviveria.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que é ALMA?

Alma

Definição: Na Bíblia, “alma” é a tradução do termo hebraico né·fesh e do grego psy·khé. O emprego bíblico mostra que alma é uma pessoa ou um animal, ou a vida que uma pessoa ou um animal usufrui. Para muitos, porém, “alma” significa a parte imaterial ou espiritual de um ser humano, que sobrevive à morte do corpo físico. Outros entendem que seja o princípio da vida. Mas esses últimos conceitos não são ensinamentos bíblicos.

Que diz a Bíblia, ajudando-nos a entender o que a alma é?

Gên. 2:7: “Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente.” (Note que não diz aqui que se deu ao homem uma alma, mas que ele veio a ser uma alma, uma pessoa viva.) (A parte da palavra hebraica traduzida aqui por “alma” é né·fesh. ALA(A Bíblia Sagrada (1969), João Ferreira de Almeida, edição revista e atualizada.), IBB(A Bíblia Sagrada (1967; Versão Revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida; impressão de 1986), Imprensa Bíblica Brasileira) e So(Bíblia Sagrada (1980), Matos Soares, Edições Paulinas) concordam com essa tradução. VB, BJ e BMD vertem-na “ser”. So diz entre parêntesis “pessoa”.)

1 Cor. 15:45: “Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente.’ O último Adão tornou-se espírito vivificante.” (Portanto, as Escrituras Gregas Cristãs concordam com as Escrituras Hebraicas sobre o que a alma é.) (A palavra grega traduzida aqui por “alma” é o caso acusativo de psy·khé. Al, IBB, PIB, BJ, BMD e So também rezam “alma”. ALA, BLH e NTI dizem “ser”.)

1 Ped. 3:20: “Nos dias de Noé . . . poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo através da água.” (A palavra grega traduzida aqui por “almas” é psy·khaí, o plural de psy·khé. Al, IBB, VB e CT também rezam “almas”. ABV, PIB, BMD, BV e So dizem “pessoas”.)

Gên. 9:5: “Além disso, exigirei de volta vosso sangue das vossas almas [ou: “vidas”; em hebraico, de né·fesh].” (Diz-se aqui que a alma tem sangue.)

Jos. 11:11: “Foram golpear toda alma [em hebraico, néfesh] que havia nela com o fio da espada.” (Mostra-se aqui que a alma é algo que pode ser tocado pela espada, de modo que essas almas não poderiam ter sido espíritos.)

Onde diz a Bíblia que os animais são almas?

Gên. 1:20, 21, 24, 25: “Deus prosseguiu, dizendo: ‘Produzam as águas um enxame de almas viventes* . . .’ E Deus passou a criar os grandes monstros marinhos e toda alma vivente que se move, que as águas produziram em enxames segundo as suas espécies, e toda criatura voadora alada segundo a sua espécie. . . . E Deus prosseguiu, dizendo: ‘Produza a terra almas viventes segundo as suas espécies . . .’ E Deus passou a fazer o animal selvático da terra segundo a sua espécie, e o animal doméstico segundo a sua espécie e todo animal movente do solo segundo a sua espécie.” (*Em hebraico, a palavra aqui é né·fesh. Al reza “alma”. Algumas traduções a vertem “animais”.)

Lev. 24:17, 18: “Caso um homem golpeie fatalmente qualquer alma [hebraico, né·fesh] do gênero humano, sem falta deve ser morto. E quem golpear fatalmente a alma [hebraico, né·fesh] dum animal doméstico deve dar compensação por ela, alma por alma.” (Note que a mesma palavra hebraica para alma é aplicada tanto à humanidade como aos animais.)

Rev. 16:3: “Este se tornou em sangue como de um morto, e morreu toda alma* vivente, sim, as coisas no mar.” (Assim, as Escrituras Gregas Cristãs também mostram que os animais são almas.) (*Em grego, a palavra aqui é psy·khé. VB, Al e Tr vertem-na “alma”. Algumas traduções usam o termo “seres”; NTI diz “peixes” e Pe, “animal”.)

Reconhecem outros eruditos que não são Testemunhas de Jeová que é isso que a Bíblia diz ser a alma?

“Não existe nenhuma dicotomia [divisão] do corpo e da alma no V[elho] T[estamento]. O israelita via as coisas de modo concreto, na sua totalidade, e assim considerava os homens como pessoas, não como compostos. O termo nepeš [né·fesh], embora traduzido pela nossa palavra alma, jamais significa alma distinta do corpo ou da pessoa individual. . . . O termo [psy·khé] é a palavra do N[ovo] T[estamento] que corresponde a nepeš. Pode significar o princípio de vida, a própria vida ou o ser vivente.” — New Catholic Encyclopedia (1967), Vol. XIII, pp. 449, 450.

“O termo hebraico para ‘alma’ (nefesh, aquilo que respira) foi usado por Moisés . . ., significando um ‘ser animado’ e aplicável igualmente a seres não-humanos. . . . O emprego de psychē (‘alma’) no Novo Testamento era comparável a nefesh.” — The New Encyclopædia Britannica (1976), Macropædia, Vol. 15, p. 152.

“A crença de que a alma continua sua existência após a dissolução do corpo é um assunto de especulação filosófica ou teológica e não de simples fé, e, concordemente, não é expressamente ensinada em parte alguma da Escritura Sagrada.” — The Jewish Encyclopedia (1910), Vol. VI, p. 564.

Pode a alma humana morrer?

Eze. 18:4: “Eis que todas as almas — a mim me pertencem. Como a alma do pai, assim também a alma do filho — a mim me pertencem. A alma* que pecar — ela é que morrerá.” (*Em hebraico reza “o né·fesh”. VB, IBB, ALA, Al, So e Tr vertem-no “a alma”. Algumas traduções dizem “a pessoa”, “aquele” ou “quem”.

Mat. 10:28: “Não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma [ou: “vida”]; antes, temei aquele que pode destruir na Geena tanto a alma* como o corpo.” (*Em grego é o caso acusativo de psy·khé. PC, ABC, So, BMD, BJ, PIB, MC e LR o vertem “alma”.)

Atos 3:23: “Deveras, toda alma [grego, psy·khé] que não escutar esse Profeta será completamente destruída dentre o povo.”

É possível almas (pessoas) humanas viverem para sempre?

Veja as páginas 428-432, sob o tópico “Vida”.

É a alma o mesmo que espírito?

Ecl. 12:7: “Então o pó retorna à terra, assim como veio a ser, e o próprio espírito [ou: força de vida; em hebraico, rú·ahh] retorna ao verdadeiro Deus que o deu.” (Note que a palavra hebraica para espírito é rú·ahh; mas a palavra traduzida por alma é né·fesh. Esse texto não significa que na morte o espírito viaja até a presença pessoal de Deus; antes, toda e qualquer perspectiva de a pessoa viver novamente depende de Deus. Numa linguagem similar, podemos dizer que, se os pagamentos exigidos não forem efetuados pelo comprador de um terreno, o terreno “retorna” a seu dono.) (Al, IBB, ALA, MC, BJ, BMD e So traduzem todas rú·ahh por “espírito”. CBC reza “sopro de vida”.)

Ecl. 3:19: “Há um evento conseqüente com respeito aos filhos da humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para eles o mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm apenas um só espírito [em hebraico: rú·ahh].” (Assim, tanto a humanidade como os animais têm, segundo se indica, o mesmo rú·ahh, ou espírito. Para comentários sobre os versículos 20 e 21 , veja as páginas 145, 146.)

Heb. 4:12: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma [em grego, psy·khés; “vida”, NE] e do espírito [grego, pneú·ma·tos], e das juntas e da sua medula, e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração.” (Observe que a palavra grega para “espírito” não é a mesma palavra usada para “alma”.)

Continua a ter vida consciente uma pessoa depois de o espírito deixar o corpo?

Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito [em hebraico, rú·ahh], ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” (CBC, PIB e Tr [145:4] aqui traduzem rú·ahh por “espírito”. BV diz “alento” e BMD, “sopro”.) (Também Salmo 104:29.)

Donde se originou a crença da cristandade numa alma imaterial, imortal?

“O conceito cristão de uma alma espiritual criada por Deus e implantada no corpo por ocasião da concepção, para fazer do homem um todo vivente, é fruto de um longo desenvolvimento de filosofia cristã. Foi só com Orígenes [falecido em c. 254 EC], no Oriente, e S. Agostinho [falecido em 430 EC], no Ocidente, que se estabeleceu ser a alma uma substância espiritual e se formou um conceito filosófico de sua natureza. . . . Sua doutrina [de Agostinho] . . . devia muito (incluindo algumas falhas) ao neoplatonismo.” — New Catholic Encyclopedia (1967), Vol. XIII, pp. 452, 454.

“O conceito da imortalidade é produto do pensamento grego, ao passo que a esperança de uma ressurreição pertence ao pensamento judaico. . . . Após as conquistas de Alexandre, o judaísmo absorveu aos poucos conceitos gregos.” — Dictionnaire Encyclopédique de la Bible (Valence, França; 1935), editado por Alexandre Westphal, Vol. 2, p. 557.

“A imortalidade da alma é uma idéia grega concebida nos antigos cultos de mistério e elaborada pelo filósofo Platão.” — Presbyterian Life, de 1.° de maio de 1970, p. 35.

“Cremos que há tal coisa como a morte? . . . Não é ela a separação entre a alma e o corpo? E estar morto é o término disso; quando a alma existe dentro de si mesma, e é libertada do corpo e o corpo é libertado da alma, o que é isso senão a morte? . . . E admite a alma a morte? Não. Então é a alma imortal? Sim.” — Fédon de Platão, Secs. 64, 105, publicado em Great Books of the Western World (1952), editado por R. M. Hutchins, Vol. 7, pp. 223, 245, 246.

“O problema da imortalidade, conforme vimos, atraía a séria atenção dos teólogos babilônios. . . . Nem o povo nem os líderes do pensamento religioso jamais encararam a possibilidade de aniquilação total daquilo que certa vez veio à existência. A morte era uma passagem para outra espécie de vida.” — The Religion of Babylonia and Assyria (Boston, EUA, 1898), de M. Jastrow, Jr., p. 556

OBS: AS SIGLAS SIGNIFICAM SÃO PASSAGENS BÍBLICAS DE OUTRAS DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS.

domingo, 25 de julho de 2010

O Inferno de Fogo Faz Parte da Justiça Divina?



Já viu alguém ser torturado? Esperamos que não. A tortura deliberada é horrível e repugnante. Mas, o que dizer duma tortura infligida por Deus? Consegue imaginar algo assim? Pois é exatamente isto o que dá a entender o ensino do inferno de fogo, doutrina oficial de muitas religiões.
Só por um momento, imagine a seguinte cena horrível: Alguém está sendo assado numa chapa de ferro quente. Na sua agonia, ele grita por misericórdia, mas ninguém escuta. A tortura continua, hora após hora, dia após dia — sem interrupção!
Não importa que crime o sofredor tenha cometido, não condoeria seu coração por ele? Que dizer daquele que mandou torturá-lo? Seria uma pessoa amorosa? De forma alguma! O amor é misericordioso e compassivo. Um pai amoroso pode punir os filhos, mas nunca os torturaria!
No entanto, muitas religiões ensinam que Deus tortura os pecadores num perpétuo inferno de fogo. Afirma-se que esta é a justiça divina. Se for verdade, quem é que criou esse terrível lugar de tormento eterno? E quem é responsável pelas dolorosas agonias infligidas ali? A resposta pareceria óbvia. Se tal lugar realmente existisse, então Deus teria de ter sido o criador dele, e ele seria responsável pelo que acontece ali.
Consegue você aceitar isso? A Bíblia diz: “Deus é amor.” (1 João 4:8) Será que um Deus de amor infligiria tortura que até mesmo os humanos com certo grau de decência acham revoltante? É evidente que não!
Um ensino desarrazoado
Ainda assim, muitos creem que os iníquos irão para um inferno de fogo e serão atormentados para sempre. Será que este ensino é lógico? A vida humana tem a duração limitada a 70 ou 80 anos. Mesmo que alguém praticasse extrema iniquidade durante toda a sua vida, seria o tormento eterno uma punição justa? Não. Seria gravemente injusto atormentar alguém para sempre pelo número limitado de pecados que pode cometer durante a vida.
Quem sabe a verdade a respeito do que acontece depois de morrermos? Somente Deus pode revelar esta informação, e ele fez isso na sua Palavra escrita, a Bíblia, acima mencionada. O seguinte é o que a Bíblia diz: “Como morre [o animal], assim morre [o homem]; e todos eles têm apenas um só espírito . . . Todos vão para um só lugar. Todos eles vieram a ser do pó e todos eles retornam ao pó.” (Eclesiastes 3:19, 20) Não há ali nenhuma menção dum inferno de fogo. Os humanos voltam ao pó — à inexistência — quando morrem.
Para alguém ser atormentado, ele precisa estar cônscio. Estão os mortos cônscios? Não. “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada, nem têm mais salário, porque a recordação deles foi esquecida.” (Eclesiastes 9:5) É impossível que os mortos, que “não estão cônscios de absolutamente nada”, sintam as agonias causadas por um inferno de fogo.
Uma doutrina prejudicial
Alguns sustentam que o ensino do inferno de fogo é útil, não importa se é verdade ou não. Por quê? Dizem que serve para dissuadir as pessoas de cometer transgressões. É isso verdade? Pois bem, é o índice de crimes mais baixo nas regiões em que as pessoas creem no inferno de fogo do que em outros lugares? De jeito nenhum! Na realidade, a doutrina do inferno de fogo é muito prejudicial. Será que aquele que crê que Deus atormenta pessoas encara a tortura como algo abominável? Por que devia encarar assim? Aqueles que creem num deus cruel muitas vezes tornam-se tão cruéis como seu deus.
Não importa de que forma uma pessoa razoável encare este assunto, ela não pode aceitar a existência dum inferno de tormento. É contrário à lógica. É algo repugnante para a natureza humana. O que é mais importante, a Palavra de Deus não diz que tal lugar existe. Quando alguém morre, “ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos”. — Salmo 146:4.
Como é punido o pecado?
Significa isso que não somos punidos pelos nossos pecados? Não, este não é o caso. Nosso santo Deus pune pecadores, mas não os tortura. E quando os pecadores se arrependem, ele os perdoa. Qual é a punição do pecado? A Bíblia dá uma resposta franca: “O salário pago pelo pecado é a morte.” (Romanos 6:23) A vida é uma dádiva de Deus. Quando pecamos, não merecemos mais esta dádiva e por isso morremos.
Talvez pergunte: ‘É justo isso? Ora, todos morrem!’ Isto é verdade, porque todos nós somos pecadores. Na realidade, ninguém merece ter vida. “Por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” — Romanos 5:12.
Você talvez pense então: ‘Se todos somos pecadores e assim todos morremos, por que deveríamos tentar ser virtuosos? Parece que o homem iníquo recebe exatamente o mesmo tratamento daquele que procura servir a Deus.’ Mas este não é o caso. Embora todos nós sejamos pecadores, Deus perdoa aqueles que se arrependem sinceramente e procuram mudar de atuação. Ele recompensa nossos esforços de ‘reformar a mente’ e de fazer o que é bom. (Romanos 12:2) Essas verdades são a base duma esperança maravilhosa.
Os bons têm uma recompensa
Quando morremos, deixamos de existir. Mas isto não significa que tudo acabou. O homem fiel Jó sabia que iria para a cova (Seol) ao morrer. Mas veja a sua oração a Deus: “Quem dera que me escondesses no Seol, que me mantivesses secreto até que a tua ira recuasse, que me fixasses um limite de tempo e te lembrasses de mim! Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente? . . . Tu chamarás e eu mesmo te responderei.” — Jó 14:13-15.
Jó cria que, ao ser fiel até a morte, seria lembrado por Deus e ressuscitado. Esta era a crença de todos os servos de Deus na antiguidade. O próprio Jesus confirmou esta esperança ao dizer: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [a de Deus] e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.” — João 5:28, 29.
Quando começará a ressurreição? Segundo a Bíblia, muito em breve. A profecia bíblica indica que, em 1914, este mundo entrou nos seus “últimos dias”. (2 Timóteo 3:1) No que muitos chamam de ‘fim do mundo’, Deus em breve eliminará a iniquidade e estabelecerá um novo mundo sob um governo celestial. — Mateus, capítulo 24; Marcos, capítulo 13; Lucas, capítulo 21; Revelação (Apocalipse) 16:14.
Isso resultará em haver então um paraíso cobrindo a Terra inteira, habitado por aqueles que sinceramente procuraram servir a Deus. Os iníquos não vão queimar num inferno de fogo, mas não terão lugar no vindouro Paraíso. Lemos no Salmo 37:10, 11: “O iníquo não mais existirá; e estarás certamente atento ao seu lugar, e ele não existirá. Mas os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.”
É tudo isso apenas um sonho? Não, porque é a promessa de Deus. Lemos na Bíblia: “Ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’ ” — Revelação 21:3, 4.
Acredita nestas palavras? Devia acreditar nelas. A palavra de Deus sempre se cumpre. (Isaías 55:11) Exortamo-lo a aprender mais sobre os propósitos de Deus para com a humanidade. As Testemunhas de Jeová terão prazer em ajudá-lo. Se quiser ter a ajuda delas, convidamo-lo a escrever a um dos endereços abaixo.



Sua Vida é Controlada Pelo Destino?


Certa manhã, um vendedor correu para chegar a tempo de embarcar no avião, mas estava atrasado e perdeu o voo. Mais tarde naquela manhã, ele ouviu a notícia: o avião tinha caído. Todos a bordo morreram.
Às vezes, ouvimos relatos de pessoas que escaparam por um triz de um acidente fatal. As pessoas costumam dizer: “Não era a hora de ele morrer.” Quando alguém morre, dizem: “Chegou a hora dele.” Alguns acreditam que o destino de uma pessoa já está traçado desde o nascimento. Outros acham que as más ações de uma vida anterior são punidas nesta vida e que boas ações praticadas agora serão recompensadas numa vida futura. Pessoas que acreditam no destino acham que, se praticarem o bem e cumprirem certos rituais religiosos, poderão alterar seu destino. Será que essas idéias fazem sentido?
Essas ideias realmente fazem sentido?
Consideremos a primeira. Se o destino de uma pessoa é governado por uma lei que julga as ações da pessoa, então quem estabelece e executa essa lei? Imagine que ao visitar um país estrangeiro você percebe que existe um abrangente conjunto de leis de trânsito com um sistema de recompensas e punições. Concluiria que essas leis estão ali por vontade própria e que elas funcionam sem que alguém as execute?
Vejamos agora a segunda ideia. Será que o sofrimento nesta vida é o resultado de más ações praticadas numa vida anterior? Se alguém cometeu um pecado em sua suposta vida anterior, mas não sabe nada a respeito disso, como essa pessoa pode corrigir o problema? Se ela não sabe porque está sofrendo, como o sofrimento a tornará uma pessoa melhor? Será que isso é justo?
Para ilustrar: pense num menino que costuma mentir. Como seu pai pode esperar que o filho aja de modo diferente se não disser o que o filho fez de errado? O filho talvez se esforce mais na escola ou se comporte melhor. Mesmo assim, sem saber que mentir é errado, ele nunca se dará conta de que precisa parar de mentir. Será que isso seria justo ou bom para ele? Falando a respeito do sofrimento causado por pecados cometidos numa vida anterior, certa mulher disse: “Simplesmente não faz nenhum sentido passar a vida inteira sofrendo por algo de que não sei nada a respeito. Não tenho escolha a não ser aceitar isso como minha sorte na vida.”
Acreditar no destino pode ter outros efeitos prejudiciais. Diante de dificuldades ou injustiças, alguns talvez digam: ‘Já que esse é meu destino, tenho de aceitar.’ Outros acreditam que, por cumprir dispendiosos rituais religiosos ou por mudar de lugar certos objetos dentro de casa, podem alterar seu destino. Em resultado disso, pessoas gastam grandes somas de dinheiro e até mesmo se tornam vítimas de criminosos.
As verdadeiras razões do sofrimento
O que a Bíblia diz sobre o destino e sobre os pecados de uma pessoa em sua “vida passada”? A Bíblia é clara ao afirmar: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [a sepultura], o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:5, 10) Em outras palavras, quando uma pessoa morre, ela não é mais capaz de pensar ou trabalhar. Ela não tem uma alma imortal e, por isso, não pode nascer de novo como outra pessoa.
Então, por que alguns sofrem calamidades e outros não? Em primeiro lugar, Eclesiastes 9:11 nos diz: “O tempo e o imprevisto sobrevêm a todos eles.” Muitas vezes, acidentes acontecem com as pessoas simplesmente porque elas estão no lugar errado na hora errada. Voltemos ao exemplo mencionado no primeiro parágrafo. Todos os dias e por várias razões, as pessoas perdem seus aviões, barcos ou ônibus. Se nenhum acidente fatal acontece, elas facilmente se esquecem dessas coisas corriqueiras. Mas quando um desastre acontece, alguns dos sobreviventes talvez achem que ainda não era a hora de morrerem.
Calamidades também são causadas pelos próprios humanos, e essa é a segunda razão pela qual as pessoas sofrem. Eclesiastes 8:9 diz: “Homem tem dominado homem para seu prejuízo.” Algumas autoridades abusam de seu poder, fazendo com que as pessoas sofram. Além disso, o estilo de vida de uma pessoa pode trazer más consequências. Por exemplo, maus hábitos podem prejudicar a saúde de alguém, e traços indesejáveis de personalidade podem prejudicar relacionamentos. Gálatas 6:7 diz: “O que o homem semear, isso também ceifará.”
Vivemos nos “últimos dias”. Essa é a terceira razão do sofrimento da humanidade. Cerca de 2 mil anos atrás, Jesus predisse a respeito do fim do atual sistema: “Nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. . . . Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (2 Timóteo 3:1; Mateus 24:3, 7, 12) Ao passo que as condições do mundo pioram e a violência e os desastres naturais aumentam, é razoável concluir que ficamos mais sujeitos a sofrer calamidades.
Contudo, há esperança para o futuro da humanidade. Após descrever os últimos dias, Jesus disse: “Quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo. E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:13, 14) O Reino mencionado aqui é o governo que Deus estabeleceu nos céus, tendo a Jesus Cristo como Rei escolhido. O Reino de Deus em breve destruirá toda a maldade na Terra, acabando com o atual sistema. A vida na Terra será totalmente transformada! Deus “enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram”. (Revelação [Apocalipse] 21:4) Sem dúvida, essa é realmente uma boa notícia!
Seu futuro depende de quê?
O que precisamos fazer para receber as bênçãos do Reino de Deus? A Bíblia diz claramente: “O mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1 João 2:17) Os que fazem a vontade de Deus têm a perspectiva de viver para sempre na Terra governada por esse Reino. Mas é claro que, para fazer a vontade de Deus, você primeiro precisa saber qual é a vontade dele. Por isso, Jesus disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Por estudar a Bíblia, você pode conhecer a vontade do Deus verdadeiro, Jeová, bem como os ensinamentos de Jesus Cristo. Esse é o primeiro passo vital que leva à tão esperada vida eterna.
Seu futuro não é controlado pelo destino. Ao contrário, ele depende das escolhas que você faz agora. Por esse motivo, Deus nos aconselha por meio de um escritor da Bíblia: “Tomo hoje os céus e a terra por testemunhas contra vós de que pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a invocação do mal; e tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência.” (Deuteronômio 30:19) Por decidir estudar a Bíblia e fazer a vontade de Deus você também poderá ter a perspectiva de vida e felicidade para todo o sempre!

domingo, 11 de julho de 2010

Muitos Perguntam: “Se Deus Existe, Por Que . . .

MUITOS fazem perguntas, começando com as palavras: “Se Deus existe, por que . . . ” Alguns dos que fazem tais perguntas estão apenas querendo escarnecer dos que crêem na existência de Deus. Todavia, muitos outros estão profundamente perturbados e estão à procura de respostas para amparar a sua fé vacilante. É provável que a pergunta mais freqüentemente feita seja esta: “Se Deus existe, por que permite ele a iniqüidade?”
É verdade que Deus a permite. Mas, há na terra muitos que não somente a permitem, mas também a praticam. Declaram guerras; lançam bombas sobre mulheres e crianças; assolam a terra, causando fome; e espalham doenças e morte pela poluição do ar, da água e do solo — tanto em tempo de guerra como em tempo de paz. Não só fomentam a iniqüidade em escala internacional e nacional, mas também impõem a si mesmos dificuldades
Tais pessoas realmente não querem a eliminação da iniqüidade; querem apenas a eliminação das penalidades pela iniqüidade. Querem a promiscuidade sem as doenças venéreas, o fumo sem o câncer pulmonar, beber muito sem distúrbios do fígado, dirigir automóvel de modo irresponsável sem acidentes, e assim por diante. Querem semear o mal, mas não ceifá-lo. Querem tirar maçãs do matagal e colher uvas dos espinheiros.
Daí, quando colhem a safra penosa de sua semeadura iníqua, gemem e lamentam, e fazem a queixa amarga: ‘Por que eu, ó meu Deus? Por que eu?’ Mas, por que não? “O que o homem semear, isso também ceifará.” (Gál. 6:7) Sua reação é exatamente como predito por Jeová: “A tolice do próprio homem arruína a sua vida, e depois tem ressentimento contra o Senhor.” — Pro. 19:3, A Nova Bíblia Inglesa. Deus existe, e ele tem motivos para permitir a iniqüidade. Mas, o seu tempo para acabar com ela não está longe.
Está chegando o tempo em que Jeová acabará com ela por eliminar os iníquos:
“Os retos são os que residirão na terra e os inculpes são os que remanescerão nela. Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.” Pro. 2:21, 22.

terça-feira, 29 de junho de 2010

No futuro, quando Deus ressuscitar pessoas na terra, terão estas aproximadamente a mesma idade e aparência de antes?



As Escrituras não comentam especificamente este assunto, mas a razão e certos indícios bíblicos sugerem que sim.
Quanto à ressurreição espiritual, a Bíblia usa a ilustração das sementes vegetais e diz: “Deus Lhe dá um corpo assim como lhe agrada.” (1 Cor. 15:35-44) Podemos esperar o mesmo a respeito da ressurreição terrestre.
Os relatos bíblicos sobre ressurreições no passado não fornecem nenhum indício sobre os humanos ressuscitados terem sido acentuadamente diferentes em idade ou aparência. Quando faleceu um menino, em Suném, e foi ressuscitado por Eliseu, ele voltou com a idade e a aparência que tinha por ocasião da morte. (2 Reis 4:32-37) Considere também a ressurreição de Lázaro, por Jesus, sendo que ele esteve morto por quatro dias e seu corpo já começara a decompor-se. Voltou Lázaro drasticamente diferente em aparência, ou com partes decompostas de sua carne? Não. Ele se parecia assim como antes. Do contrário, os inimigos religiosos certamente teriam usado isso para desacreditar Jesus. — João 11:32-47.
Além disso, sabemos que Jeová é Deus de ordem, benignidade e misericórdia. Isso contraria a idéia de que ele trará alguém de volta à vida com um membro faltando ou horrivelmente desfigurado pelos últimos estágios duma doença fatal. (Tia. 1:17; Luc. 11:13) Isto não requer, porém, que a pessoa volte ‘no primor da vida’. Caso alguém tenha morrido de ataque cardíaco aos 75 anos de idade, por que não pode Deus ressuscitá-lo com um corpo comparável, mas com um coração que continuasse a funcionar? Daí, ao passo que os poderes curativos das provisões de Jeová, inclusive o mérito do sacrifício de Jesus, fossem aplicados, a pessoa progrediria em direção à perfeição. — Rev. 22:1, 2, 17.
Mas, não é necessariamente proveitoso ou aconselhável levar avante questões sobre a condição dos ressuscitados. Deus poderia ter incluído na Bíblia informações detalhadas sobre exatamente o que fará. O fato de Jeová não ter feito isso indica que não considera esta informação vital para nós, agora. Registrou na Bíblia vários relatos sobre ressurreições realizadas pelo seu poder. E apresentou nas Escrituras garantias de que haverá “uma ressurreição tanto de justos como de injustos”. (Atos 24:15; João 5:28, 29) Daí, ele deixou entregue a nós desenvolvermos fé na sua Palavra e nas suas promessas. Podemos ter a certeza de que, se exercermos fé e assim sobrevivermos para a Nova Ordem, Deus cuidará de que não haja problemas insolúveis quanto à ressurreição. Teremos a alegria de receber de volta aqueles que serão ressuscitados dentre os mortos, reconhecendo-os e ajudando-os.

sábado, 8 de maio de 2010

“Santificado seja o teu nome” — que nome?

Nas escrituras sagradas existe um nome divino a qual todos devem orar, conforme orientado pelo mestre Jesus Cristo Mateus 6:9 - "Mas que nome é esse?

É VOCÊ uma pessoa religiosa? Neste caso, sem dúvida, como muitos outros, crê num Ser Supremo. E provavelmente tem grande respeito pela bem-conhecida oração a este Ser, ensinada por Jesus a seus seguidores, e conhecida como a Oração Dominical ou o Pai-Nosso. Esta oração começa assim: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome.” — Mateus 6:9, Almeida (atualizada).
Já se perguntou por que Jesus pôs a ‘santificação’ do nome de Deus em primeiro lugar nessa oração? Em seguida, ele mencionou outras coisas, como a vinda do Reino de Deus, a vontade de Deus ser feita na terra, e nossos pecados serem perdoados. O cumprimento desses outros pedidos por fim significará paz duradoura na terra e vida eterna para a humanidade. Pode imaginar algo mais importante do que isto? Não obstante, Jesus nos ensinou a orar em primeiro lugar pela santificação do nome de Deus.
Não foi por mero acaso que Jesus ensinou a seus seguidores a dar prioridade ao nome de Deus em suas orações. Esse nome era claramente de capital importância para ele, visto que o mencionou repetidas vezes em suas próprias orações. Certa ocasião, ao orar publicamente a Deus, ouviu-se Jesus dizer: “Pai, glorifica o teu nome.” E o próprio Deus respondeu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei novamente!” — João 12:28, A Bíblia de Jerusalém.
Na noite antes de Jesus morrer, ele orava a Deus aos ouvidos de seus discípulos, e de novo eles o ouviram sublinhar a importância do nome de Deus. Ele disse: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste.” Mais adiante, repetiu: “Eu lhes dei a conhecer o teu nome e lho darei a conhecer.” — João 17:6, 26, A Bíblia de Jerusalém.
Por que era o nome de Deus tão importante para Jesus? Por que mostrou ele que este é importante para nós, por nos instruir a orar por sua santificação? Para entender isto, precisamos saber como os nomes eram encarados nos tempos bíblicos.
Nomes nos Tempos Bíblicos
Jeová Deus evidentemente pôs no homem o desejo de dar nome às coisas. O primeiro humano tinha nome, Adão. Na história da criação, uma das primeiras coisas que se diz que Adão fez foi dar nome aos animais. Quando Deus deu uma esposa a Adão, imediatamente Adão a chamou de “Mulher” (’Ish·sháh, em hebraico). Mais tarde, ele deu-lhe o nome de Eva, que significa “a Vivente”, porque “ela havia de tornar-se a mãe de todos os viventes”. (Gênesis 2:19, 23; 3:20) Mesmo atualmente seguimos o costume de dar nome às pessoas. Certamente, é difícil imaginar como poderíamos passar sem nomes.
Nos dias dos israelitas, porém, os nomes não eram simples rótulos. Eles tinham significado. Por exemplo, o nome de Isaque, “Riso”, lembrava o riso de seus pais idosos ao ouvirem que teriam um filho. (Gênesis 17:17, 19; 18:12) O nome de Esaú significava “Peludo”, descrevendo uma característica física. Seu outro nome, Edom, “Vermelho”, ou “Corado”, era um lembrete de que ele vendera seu direito de primogenitura por um prato de cozido vermelho. (Gênesis 25:25, 30-34; 27:11; 36:1) Jacó, embora fosse apenas um pouquinho mais jovem que seu irmão gêmeo, Esaú, comprou o direito de primogênito de Esaú e recebeu de seu pai as bênçãos de primogênito. De nascimento, o significado do nome de Jacó era “Agarrar o Calcanhar” ou “Suplantador”. (Gênesis 27:36) Similarmente, o nome de Salomão, durante o reinado de quem Israel usufruiu paz e prosperidade, significa “Pacífico”. — 1 Crônicas 22:9.
Assim, O Dicionário Bíblico Ilustrado (Volume 1, página 572, em inglês), diz: “Um estudo da palavra ‘nome’ no A[ntigo] T[estamento] revela o quanto ela significa em hebraico. O nome não é simples rótulo, mas é significativo da personalidade real daquele a quem pertence.”
O fato de que o nome é considerado algo importante por Deus deduz-se de que, por meio de um anjo, ele instruiu as futuras mães de João Batista e de Jesus quanto a qual devia ser o nome dos filhos delas. (Lucas 1:13, 31) E às vezes ele mudou os nomes, ou deu nomes adicionais às pessoas, para indicar o lugar que teriam em seu propósito. Por exemplo, quando Deus predisse que seu servo Abrão (“Pai da Exaltação”) se tornaria pai de muitas nações, Ele mudou seu nome para Abraão (“Pai Duma Multidão”). E ele mudou o nome da esposa de Abraão, Sarai (“Contenciosa”), para Sara (“Princesa”), visto que ela seria a mãe do descendente de Abraão. — Gênesis 17:5, 15, 16; veja Gênesis 32:28; 2 Samuel 12:24, 25.
Jesus, também, reconheceu a importância dos nomes e referiu-se ao nome de Pedro ao dar-lhe um privilégio de serviço. (Mateus 16:16-19) Até mesmo criaturas espirituais têm nome. Dois mencionados na Bíblia são Gabriel e Miguel. (Lucas 1:26; Judas 9) E quando o homem dá nome a coisas inanimadas, como estrelas, planetas, cidades, montanhas e rios, ele meramente imita seu Criador. Por exemplo, a Bíblia nos diz que Deus chama a todas as estrelas por nome. — Isaías 40:26.
Sim, o nome é importante aos olhos de Deus, e ele pôs no homem o desejo de identificar pessoas e coisas por meio de nomes. Assim, anjos, pessoas, animais, bem como estrelas e outras coisas inanimadas, têm nome. Seria coerente da parte do Criador de todas essas coisas manter-se anônimo? Claro que não, especialmente em vista das palavras do salmista: “Bendiga toda a carne seu [de Deus] santo nome por tempo indefinido, para todo o sempre.” — Salmo 145:21.
O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento (Volume 2, página 649, em inglês), diz: “Um dos aspectos mais fundamentais e essenciais da revelação bíblica é o fato de que Deus não fica sem nome: ele tem um nome pessoal, por meio do qual pode e deve ser invocado.” Jesus certamente tinha esse nome em mente quando ensinou seus seguidores a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” — Mateus 6:9.
Em vista de tudo isso, é evidentemente importante para nós saber qual é o nome de Deus. Conhece você o nome pessoal de Deus?
Qual É o Nome de Deus?
Surpreendentemente, a maioria das centenas de milhões de membros das religiões da cristandade provavelmente acharia difícil responder a essa pergunta. Alguns diriam que o nome de Deus é Jesus Cristo. Contudo, Jesus orava a alguém diferente, quando disse: “Tenho feito manifesto o teu nome aos homens que [tu] me deste do mundo.” (João 17:6) Ele orava a Deus no céu, como um filho falando a seu pai. (João 17:1) Era o nome de seu Pai celestial que devia ser santificado.
Contudo, muitas Bíblias modernas não contêm o nome, e ele é raramente usado nas igrejas. Assim, longe de ser ‘santificado’, ele se tornou desconhecido para milhões de leitores da Bíblia. Como exemplo de como os tradutores bíblicos consideram o nome de Deus, veja apenas um versículo em que ele ocorre: Salmo  83(82):18(19). Este texto é traduzido da seguinte maneira, em quatro Bíblias diferentes:
“E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Almeida [atualizada], de 1964)
“Saibam que só vós vos chamais Deus. Vós sois o único Altíssimo sobre toda a terra.” (Missionários Capuchinhos, católica, de 1982)
“Saberão assim que só tu tens o nome de Iahweh, o Altíssimo sobre a terra inteira!” (A Bíblia de Jerusalém, católica, de 1981)
“Para que saibam que só tu, cujo nome é Jehovah, és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Versão Brasileira, de 1947)
Por que o nome de Deus aparece de maneira tão diferente nessas versões? É o nome dele SENHOR, Deus, Iahweh ou Jehovah (Jeová)? Ou são todos eles aceitáveis?
Para responder a estas perguntas, temos de nos lembrar que a Bíblia não foi originalmente escrita em português. Os escritores bíblicos eram hebreus, e na maior parte escreveram nos idiomas hebraico e grego de seus dias. A maioria de nós não fala essas línguas antigas. Mas a Bíblia tem sido traduzida em numerosos idiomas modernos, e essas traduções estão disponíveis se desejarmos ler a Palavra de Deus.
Os cristãos têm profundo respeito para com a Bíblia e crêem corretamente que “toda a Escritura é inspirada por Deus”. (2 Timóteo 3:16) Assim, traduzir a Bíblia é uma pesada responsabilidade. Se alguém deliberadamente mudar ou omitir parte do conteúdo da Bíblia, estará adulterando a Palavra inspirada. A tal se aplicaria a advertência bíblica: “Se alguém fizer um acréscimo a essas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste rolo; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do rolo desta profecia, Deus lhe tirará o seu quinhão das árvores da vida.” — Revelação (Apocalipse) 22:18, 19; veja também Deuteronômio 4:2.
A maioria dos tradutores da Bíblia sem dúvida respeita a Bíblia e sinceramente deseja torná-la compreensível nesta era moderna. Mas os tradutores não são inspirados. Também, a maioria deles têm fortes opiniões sobre assuntos religiosos e podem ser influenciados por idéias e preferências pessoais. Podem também cometer erros ou enganos humanos de critério.
Assim, temos o direito de fazer algumas perguntas importantes: Qual é o verdadeiro nome de Deus? E, por que diferentes traduções bíblicas trazem diferentes nomes para Deus? Estabelecida a resposta a essas perguntas, poderemos voltar ao nosso problema original: Por que é tão importante a santificação do nome de Deus?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Qual é o “temor” que o perfeito amor lança fora, conforme diz 1 João 4:18?

O apóstolo João escreve: “No amor não há temor, mas o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor exerce uma restrição. Deveras, quem está em temor não tem sido aperfeiçoado no amor.” — 1 João 4:18.
O temor, neste caso, é o temor que inibe as expressões da pessoa em oração a Deus. O contexto mostra que João estava continuando a sua consideração da “franqueza no falar”. (1 João 4:17) Ele não fala da franqueza no falar na pregação das boas novas, mas da “franqueza do falar para com Deus”. — 1 João 3:19-21; veja Hebreus 10:19-22.
Aquele em quem o amor a Deus obtém plena expressão pode chegar-se com confiança ao seu Pai celestial, sem se sentir ‘condenado no coração’ como se fosse hipócrita ou desaprovado. Sabe que procura sinceramente guardar os mandamentos de Deus, e por isso faz o que agrada a seu Pai. (1 João 3:21, 22) Por isso é franco em expressar-se e fazer petições a Jeová. Não se sente como se estivesse ‘em prova’ diante de Deus, sob alguma restrição quanto ao que tem o privilégio de dizer ou de pedir. (Veja Números 12:10-15; Jó 40:1-5; Lamentações 3:40-44; 1 Pedro 3:7.) Não é inibido por nenhum temor mórbido; não está cônscio de algo ‘desabonador’ contra ele. — Veja Hebreus 10:26, 27, 31.
Assim como a criança não se sente nem um pouco embaraçada ou amedrontada quanto a pedir algo a seus pais amorosos, por estar convencida de que eles sempre se interessam nas suas necessidades e na sua felicidade, assim os cristãos em quem o amor se desenvolveu plenamente têm certeza de que, “não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve. Ainda mais, se soubermos que ele nos ouve com respeito àquilo que pedimos, sabemos que havemos de ter as coisas pedidas, visto que as pedimos a ele.” — 1 João 5:14, 15.
Portanto, este amor perfeito não lança fora toda espécie de temor. Não elimina o temor reverente e filial a Deus, originado do profundo respeito pela Sua posição, Seu poder e Sua justiça. (Sal. 111:9, 10; Heb. 11:7) Nem elimina o temor normal que faz a pessoa evitar o perigo, quando possível, e assim proteger a si e a sua vida, nem o temor causado pelo repentino sobressalto. — Veja 2 Coríntios 11:32, 33; Jó 37:1-5; Habacuque 3:16, 18.
O entendimento correto de 1 João 4:18 enriquece muito espiritualmente. Revela quão grandiosa é a relação que o cristão pode usufruir com seu Criador magnífico. Encoraja-nos a falar do coração em nossas orações a Deus, não de modo formal ou mecânico, mas expressando francamente nossos sentimentos, nossas necessidades, nossa preocupação com os outros, nossas esperanças e nosso amor a Ele.